sexta-feira, dezembro 17, 2010

Capitulo 4


Memórias Voltam à Tona:
O Passado do Taylor Maison
Nota: O texto a seguir se passa no passado

Eu posso me lembrar como se fosse hoje o dia em que minha mãe foi para o hospital junto com meu pai. Eu fiquei na casa dos meus avós. Foi um parto difícil, oito horas de pura ansiedade para o meu pai, enquanto eu jogava vídeo games com o meu avô e esperava a vovó trazer os biscoitos caseiros de chocolate e leite. Eu estava dormindo quando a notícia chegou aos meus avós; “É uma menina!”. Eles me contaram assim que eu me levantei. Na hora, achei tudo uma péssima idéia. Os primeiros dias foram difíceis para me adaptar, afinal, uma criança de seis anos criado com os maiores mimos se ver deixado “de lado” enquanto todos olham para a “menininha da mamãe”. Não vou ser hipócrita de dizer que sempre gostei dela. No começo, como já disse, foi muito difícil. Tudo era “tome conta de sua irmã”, “dê para sua irmã”, “sua irmã ‘isso’”, “sua irmã ‘aquilo’”. Hahaha. Apesar de tudo eram bons tempos. Logo mais ela foi crescendo, crescendo... E eu também seguia o mesmo rumo. Eu fui ficando cada vez mais colocado do lado, mas sempre estava feliz, afinal, já estava acostumado com a idéia de que ela era minha irmã e nada iria mudar isto. Eu deveria protegê-la com todas as minhas forças, e caso eu desanimasse, bastava a vê-la sorrindo e tudo fazia sentido... Mais alguns anos à frente e eu já estava pronto para ingressar no exército. Cara, eu era e ainda sou fascinado por armas. A sensação de poder me fazia sentir como se nada pudesse me abalar, atingir, machucar... Mas antes que eu completasse um ano na academia militar, meus pais foram assassinados no inicio do que seria a extinção da raça humana, e foi ai que tudo começou. Eu tentei retornar para nossa casa, em Mississipi. Levaria algum tempo, e nesse intervalo do quartel até minha casa que minha irmã foi raptada e tudo o que eu ainda possuo dela é um pingente que a minha mãe a deu quando ela completou seus quinze anos. Era minha obrigação protegê-la, mas para isso seria preciso poder! Para isso seria preciso resgatá-la, e então minha jornada começou. Com um grupo de recrutas que entraram na turma juntamente a mim voltamos para o quartel, e lá, pegamos armas e suprimentos, o que eu achei fácil demais. Apesar de tudo, quando saímos pudemos ver a primeira parte desse inferno. As máquinas queriam dominar, e assim como o vírus HIV que ataca a defesa do corpo humano, ela começou a dominar o exército em um ataque surpresa. Enquanto trocávamos tiros e tentávamos fugir encontramos um grupo de soldados bem mais experientes que nós. Estavam atirando contra um daqueles andróides – na época ainda mal feitos – e tudo que as balas conseguiam fazer eram simples arranhões na estrutura metálica daquele andróide. As balas de metralhadora não conseguiam fazer nada contra ele, mas e a de uma Leone – calibre doze - ou uma magnum sniper? Testamos, atirando no andróide com tudo, mas tudo o que aconteceu foi um pequeno recuo e um amasso dos grandes no peito dele. A única coisa que o atravessou fora a sniper, e felizmente acertou no pescoço, assim o desativando por algum tempo. Tínhamos que fugir, afinal o som dos disparos só chamaria mais e mais daquelas máquinas, e, nos dividindo, seguimos nosso caminho, já que todos tinham pessoas a ver. Hoje eu acredito que consegui o poder necessário para resgatá-la, agora, só preciso guiar esses andróides até lá para resgatá-la! Aguente firme Lillyu. Estou indo te buscar!

Um comentário:

  1. =O cada vez mais excitante ler! é bem legal poder acompanhar essas aventuras! continue, continue *w*~

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